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EUA: Homem é executado por matar criança de seis anos em uma fábrica

O homem raptou uma menina em 2002 e matou-a quando ela tentou escapar

© Reuters

Ajustiça norte-americana executou na terça-feira (2) um homem que estava preso há 21 anos, depois de ser considerado culpado pelo homicídio violento de uma menina de seis anos, no estado do Missouri, em 2002.

Johnny Johnson foi morto por injeção letal, na prisão de Bonne Terre. Na sua última declaração antes de morrer, Johnson expressou remorsos pelo crime, pedindo “desculpa a todas as pessoas e famílias que magoei”.

A defesa do réu ainda fez um apelo ao Supremo Tribunal para afastar a pena capital, alegando que a doença mental do homem, que sofreu de esquizofrenia, devia ser critério para não o executar. Mas o recurso foi negado pela justiça pouco antes da execução.

A menina, Casey Williamson, desapareceu no dia 26 de julho de 2002 da sua localidade de Valley Park. O desaparecimento gerou uma grande operação de buscas, e o corpo da criança foi encontrado numa cova, debaixo de rochas e terra, a cerca de um quilômetro da sua casa.

A mãe de Williamson e Johnny Johnson eram amigos desde infância, com fortes ligações familiares. Antes de matar Casey, o homem foi a um churrasco na noite anterior e dormiu no sofá da família Williamson.

De manhã, Johnson atraiu a menina, de pijama, para uma fábrica abandonada, chegando a levá-la nos ombros para o local. Quando tentou abusar sexualmente de Casey, a criança gritou e tentou fugir, e o homem agarrou então numa pedra e atingiu-a na cabeça, matando-a.

Johnson saiu do local e foi lavar-se a um rio nas imediações. No dia seguinte, confessou todos os crimes às autoridades.

Os advogados argumentaram que Johnson era extremamente paranoico, afirmando que via imagens do diabo e dizendo que este o avisou que veria o fim do mundo. “O tribunal hoje abre caminho para executar um homem com doença mental diagnosticada, antes da justiça investigar a competência para executar”, afirmou a defesa, num comunicado citado pela NBC News.

Durante o julgamento, testemunhas explicaram que o condenado tinha saído recentemente de um hospital psiquiátrico, seis meses antes do crime, e tinha parado de tomar medicação para controlar a sua esquizofrenia.

Mas o Supremo contrariou esta tese, e o ex-procurador de St. Louis, Bob McCulloch, destacou à emissora norte-americana que as ilusões eram “absurdas” e Johnson infligiu “horrores indescritíveis”.

A execução chegou a ser suspensa, enquanto um recurso era avaliado por um tribunal ao nível estatal. Na segunda-feira, o governador Mike Parson, do estado conservador do Missouri – um dos estados que aplica a pena de morte -, negou um último pedido de Johnson para reduzir a sua pena para prisão perpétua.

O próprio pai de Casey, Ernie Williamson, pediu ao governador que aplicasse a prisão perpétua e opôs-se à condenação à morte.

Johnny Johnson foi o 16.º norte-americano a ser executado este ano. Os Estados Unidos executaram três condenados no Missouri (quatro com Johnson), cinco no Texas, quatro na Flórida, dois no Oklahoma e um no Alabama.

Notícias ao Minuto 

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