“IGF deve gerar um impacto financeiro de quase US$5 mil em JP”, avaliou presidente da Anid

Durante o workshp, realizado nesta sexta-feira (6), no Espaço Cultural, alguns representantes de organismos participantes apresentaram tópicos sobre temas específicos que estão na programação oficial do fórum mundial organizado pela ONU.
A secretária executiva da Ciência e Tecnologia, Francilene Procópio Garcia, destacou alguns temas macros que serão discutidos nos dias do IGF-2015, a exemplo de políticas públicas, regulamentações, marco civil, tecnologias, conjunto de formações a nível superior para melhorar a questão da governança da Internet hoje no mundo inteiro.
Na ocasião, a secretária revelou alguns números da internet: “Nós somos hoje quase 7 bilhões de pessoas no mundo e apenas 3 bilhões de pessoas têm acesso à internet. No caso do Brasil, apenas 100 milhões, metade da população tem acesso à internet e é necessário que para as condições serem iguais para todos a gente melhore as infraestruturas, a chegada dos serviços de telecomunicações na ponta para que de fato toda a população mundial possa ter acesso à internet”.
Francilene ressaltou que cada vez mais a internet torna-se um canal extremamente eficiente para a inclusão social e produtiva do cidadão e há dez anos a Organização das Nações Unidas (ONU) instituiu um comitê de assessoramento com representação de várias partes do mundo, inclusive o Brasil, para que a internet seja gradativamente melhorada a condição de acessibilidade com direitos iguais a todos.
Em 2007, quando o IGF aconteceu no Rio de Janeiro, a ONU e todos os participantes observaram que o Brasil tem na sua proposta de governança de internet um modelo multissetorial, democrático e participativo e tem sido referência para muitos países.
A coordenadora do Centro de Tecnologia e Sociedade, um departamento da Fundação Getúlio Vargas, Marília Maciel, disse que o workshop teve a finalidade de passar aos participantes e a profissionais da imprensa informes sobre o que é o IGF, para que foi criado, quais os objetivos do fórum, além de temas polêmicos “a exemplo de neutralidade de rede, acesso à internet, a questão da privacidade, dentre outros, para que as pessoas participem com mais efetividade na semana que vem”, pontuou Maríria, lembrando que o Brasil, recentemente, aprovou o Marco Civil da Internet e que, no momento, está em fase de regulamentação. “Portanto, trazer esse grupo de pessoas internacionais para cá vai nos ajudar também no debate legislativo nacional sobre a regulamentação no país”, afirmou.
A especialista da Fundação Getúlio Vargas disse ainda que FGV também traz ao fórum da ONU o tema Privacidade e Vigilância em Massa, que será discutido no “Dia 0”, segunda-feira (9).
O representante da Corporação da Internet para Atribuição de Nomes e Números (Icann), com sede nos Estados Unidos, Daniel Fink, abordou no workshop propostas da Corporação ao IGF-2015. “A Icann propôs alguns painéis para esse fórum de governança porque existem alguns processos da Icann que vão trazer bastante impacto para a comunidade global, e um dos processos é a saída do Governo dos Estados Unidos da custódia dos servidores raiz da internet, que estão saindo dessa função”, pontuou. A internet, que foi criada pelos Estados Unidos, vai ser custodiada pela comunidade global.
O presidente da Codata, Krol Jânio, destacou que a empresa está empenhada na infraestrutura do evento, atendendo com sua tecnologia as demandas. “A conexão de internet que chega ao Centro de Convenções é proveniente da Codata, de nossa fibra óptica”. O presidente da Fundação de Apoio à Pesquisa (Fapesq), Cláudio Furtado, também participou do workshop.
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