Louca por carros esportivos, Rainha de bateria da Estácio de Sá tem R$ 12 milhões na garagem

“Ainda tem um Porsche Cayenne Turbo S, BMW M8 e Porsche Panamera. Eu vou trocando conforme as possibilidades financeiras. Mas não posso me considerar uma colecionadora de carros como muitos são por aí”, enumera a rainha, que se apressa em dizer que também conhece o outro lado:

“Eu nasci na Rocinha e fui criada no Rio das Pedras. Ou seja, uma boa parte da minha vida foi andando de ônibus, mototáxi e van. Eu já passei inúmeros perrengues, principalmente em dias de chuva forte. Qual carioca não ficou preso dentro do ônibus por conta de alagamentos? Quem nunca chegou em casa ensopado de água da chuva? Quem nunca esteve no ponto de ônibus e passou um carro molhando todo mundo? Quem nunca correu atrás do ônibus e não conseguiu pegar? Poderia ficar aqui relatando inúmeros problemas que enfrentei por causa de transporte público”, enumera Nathalia.

Nascida e criada em comunidades do Rio, a consultora de vendas, ainda quer realizar um sonho de consumo no ramo dos esportivos. “Uma McLaren (R$ 4,3 milhões) para completar a coleção de superesportivos”, dispara ela, que fala como se sente dentro de sua Ferrari.

“Acho que toda mulher quando conquista algo que quer muito se sente poderosa, a autoestima melhora. Se você treina e conquista o corpo dos sonhos, você fica feliz. Tudo que é conquistado, sem fazer mal para os outros, traz felicidade, alegria. E eu divido tudo isso com meus amigos, com a minha família. Meus amigos pedem para dar uma voltinha, tirar foto, eu não ligo. Eu brinco que é um carro comunitário, todos usam e tiram sua ‘ondinha'”.

Vaidosa, Nathalia desperta a curiosidade ao mostrar que entende de carros e fazer parte de um universo ainda dominado por homens.

“Eu sempre achei lindo carros esportivos, a engenharia deles é algo que me encanta. Eu sou uma mulher que gosta de tudo que uma mulher normal gosta: bolsas, sapatos, vestidos, maquiagem, tudo que envolve o universo feminino, mas também amo carros desde pequena. Sempre acompanhei a Fórmula 1 na TV, sempre assisti a programa de automóveis”, justifica.

Apesar de ser louca por possantes de milhões, ela brinca que anda com carros mais populares para fazer as coisas que tem que fazer em sua rotina. E garante que não se furtaria a pegar um ônibus de novo:

“Conheço a realidade da maioria dos brasileiros de perto, tenho os meus pés no chão. Apesar de amar carros de luxo, se precisar, eu entro no BRT ou em qualquer transporte público”.