Política

Líder do governo Lula diz que relação com Lira precisa de “consertos”

O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), disse, nesta sexta-feira (19), que os intermediários do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) “têm que ter sempre sintonia” com o presidente da Casa Baixa, Arthur Lira (PP-AL). No entanto, ele admitiu que, atualmente, são necessários ajustes na relação.

A declaração de Guimarães foi feita logo após uma reunião de emergência com os líderes do Congresso Nacional e ministros palacianos, que não estava prevista na agenda de Lula.

“Tem que sempre ter sintonia com Lira. Precisamos fazer um consertinho aqui, outro consertinho acolá, mas nada que atrapalhe nossa vontade e o presidente Arthur Lira tem tido essa vontade de votar os projetos de interesse do país”, justificou Guimarães.

Na última semana, as rusgas de Arthur Lira com o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, saíram dos bastidores e se tornaram públicas. Em entrevista coletiva na semana passada, o presidente da Câmara disse que o auxiliar de Lula era “incompetente” e um “desafeto pessoal”.

Além disso, Lira deu sinais de que vai priorizar pautas da oposição na tramitação da Câmara. Além das rusgas com Padilha, ele teve o primo Wilson Lira, exonerado nessa terça-feira (16) do cargo de superintendente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em Alagoas, de indicação do governo federal.

José Guimarães ainda abordou uma fala de Lula sobre deixar Padilha no cargo “por teimosia”. Ele afirmou que a declaração do presidente não foi um recado e que apesar dos “consertos” necessários, não existe uma crise entre o Palácio do Planalto e a Câmara dos Deputados.

Apesar da reunião ter sido convocada de uma hora para outra, o líder disse que não se tratou de uma emergência. José Guimarães chegou a comentar que estava prestes a embarcar para o Ceará, mas abandonou o voo para a reunião com o presidente. Mesmo assim, ele disse que se tratava de uma “reunião de rotina”.

“Foi uma reunião de rotina não teve nada de emergência foi uma reunião que o presidente nos convidou para que nós apresentássemos um balanço desse período de votações e nada que não esteja dentro da pauta que é prioridade para o governo. Ele pediu pra a gente se empenhar na votação das matérias econômicas”, disse o petista, que citou as propostas de regulamentação da reforma tributária como prioridade.

Além de Guimarães, participaram da reunião os ministros Alexandre Padilha, Rui Costa (Casa Civil), Paulo Pimenta, o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA) e o líder do Congresso, Randolfe Rodrigues (Sem Partido-AP).

Agora Notícias Brasil 

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