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Em publicação de Romero internautas relembram a Operação Famintos, que desviou milhões da merenda escolar, em Campina

Em publicação recente nas suas redes socais o deputado federal e líder do Podemos, trouxe um vídeo onde aparece na época de prefeito de Campina numa escola respondendo questionamento dos alunos. Na época a secretária de Educação era a professora Iolanda Barbosa que foi uma das auxiliares diretas de Romero envolvidas no escândalo da ‘Operação Famintos’, onde uma ORCRIM foi montada segundo a Polícia Federal para desviar milhões da merenda escolar em Campina. Em meio aos comentários, alguns internautas questionaram se esse TBT era da época do início da operação.

“A Famintos, já estava operando nesta época? Pq os alunos estão tão magrinhos ai, estão imagem”, questiona um internauta que indaga ainda: “A pergunta que não quer calar nesta época citada, já estava operando a ORCRIM DA FAMINTOS, que desviou milhões e prendeu diversos aliados de Romero”, diz o internauta Alexandre Rubens. Veja o questionamento no link ou nos anexos. https://www.instagram.com/reel/C3pdlE1u9gH/?igsh=NDJzYjM1dHExcGc3

Entenda a Operação Famintos – A Operação Famintos foi desencadeada na gestão de Romero Rodrigues em Campina Grande e outras cidades da Paraíba. A Polícia Federal, Ministério Público Federal e Controladoria-Geral da União investigaram um suposto esquema de desvios de recursos federais do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), geridos pela Prefeitura de Campina Grande. O prejuízo ultrapassou R$ 2,3 milhões.

Os investigadores dividiram a operação em três núcleos:

Núcleo político: As autoridades afirmam que a secretária de Educação, Iolanda Barbosa, e o secretário de Administração, Paulo Roberto Diniz, comandavam todo o esquema. Na época, ambos foram afastados do cargo pela Justiça por 180 dias, mas Iolanda teve mandado de prisão temporária expedido e foi levada para a Penitenciária Feminina de Campina Grande.

Núcleo empresarial: Era formado por 12 pessoas jurídicas, a maioria de fachada, conforme a investigação. Essas empresas atuavam no esquema de revezamento de vencedores dos processos licitatórios. Quando uma empresa ficava inabilitada, outra do grupo vencia a licitação, ocasionando que sempre as mesmas levassem vantagem.

 

Núcleo administrativo: Composto supostamente por cinco servidores municipais, como membros da Comissão Permanente de Licitação e servidores da Secretaria de Administração. A investigação aponta que estas pessoas recebiam ordens do núcleo político e tratavam com os empresários sobre os certames fraudulentos.

Condenações – A segunda sentença da Operação Famintos, publicada pela 4ª Vara da Justiça Federal, traz punições pesadas para os alvos da investigação. Todos podem recorrer da decisão em liberdade.

  • O ex-secretário de Administração de Campina Grande, por exemplo, Paulo Roberto Diniz, foi condenado a 139 anos, 09 meses e 15 dias de pena privativa de liberdade, sendo 72 anos, 01 mês e 15 dias de reclusão e 67 anos e 08 meses de detenção, além de multa em 1.924 dias-multa e 5% do valor de cada contrato celebrado com a dispensa indevida ou a frustração ao caráter competitivo de licitação.
  • A esposa dele, Maria José Diniz, foi condenada a 94 anos, 10 meses e 15 dias de pena privativa de liberdade, sendo 39 (trinta e nove) anos e 03 (três) meses de reclusão e 55 (cinquenta e cinco) anos, 07 sete meses e 15 (quinze) dias de detenção.
  • Já a ex-secretária do município, Iolanda Barbosa, ex-cunhada de Romero, foi condenada a 88 (oitenta e oito) anos e 06 (seis) meses de pena privativa de liberdade, sendo 30 (trinta) anos e 08 (oito) meses de reclusão e 57 (cinquenta e sete) anos e 10 (dez) meses de detenção.
  • Maria do Socorro Menezes, que exercia o cargo de diretora administrativa e financeira da secretaria, foi condenada a 94 (noventa e quatro) anos e 04 (quatro) meses de pena privativa de liberdade, sendo 33 (trinta e três) anos e 11 (onze) meses de reclusão e 60 (sessenta) anos e 05 (cinco) meses de detenção.
  • Já o ex-chefe da Comissão de Licitação, Helder Giuseppe, foi condenado a 33 (trinta e três) anos e 02 (dois) meses de pena privativa de liberdade, sendo 09 (nove) anos e 02 (dois) meses de reclusão e 24 (vinte e quatro) anos de detenção.
  • A ex-pregoeira do município, Gabriela Coutinho, foi condenada a 23 (vinte e três) anos e 05 (cinco) meses de pena privativa de liberdade, sendo 07 (sete) anos e 11 (onze) meses de reclusão e 15 (quinze) anos e 06 (seis) meses de detenção.
  • Já o servidor municipal Manoel Bruno, que atuava na época no setor de licitações da ‘Pasta’, foi condenado a 18 (dezoito) anos e 03 (três) meses de pena privativa de liberdade, sendo 07 (sete) anos e 11 (onze) meses de reclusão e 10 (dez) anos e 04 (quatro) meses de detenção.
  • O motorista de Paulo Roberto, José Lucildo, foi condenado a 04 (quatro) anos e 08 (oito) meses de reclusão e multa.

Paraíba News

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