Setores impactados por desoneração da folha geraram mais empregos que restante da economia

Os 17 setores impactados pela desoneração da folha de pagamento geraram mais empregos, 18,9%, que as demais categorias, 13%. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), e foram levantados pela Brasscom (Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação e de Tecnologias Digitais)

Em entrevista ao SBT News, o presidente da associação, Affonso Nina, defendeu a manutenção da desoneração da folha, que foi vetada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no dia 23 de novembro. A tendência é que o Congresso derrube os vetos e retome com a desoneração.

Segundo Affonso, o governo “não compreendeu” os benefícios trazidos pela medida, adotada ainda durante o governo da presidente Dilma Rousseff. “Nós temos essa política vigente desde 2011 e ela, de forma inequívoca, levou a um aumento dos empregos formais nos setores que são chamados de desonerar”, disse o presidente da Brasscom.

Ele ainda defendeu a ampliação do debate sobre o tema para, no futuro, ampliar a desoneração para outros setores da economia. Segundo Affonso Nina, existe uma confusão em torno do termo “desoneração”.

“As empresas, em vez de pagarem a sua contribuição previdenciária, como o percentual fixo de 20% sobre a folha de pagamento, sobre os salários, elas passam a pagar sobre a receita bruta que elas geram em alíquotas que variam de 1 a 4% conforme o setor”, explicou.

Os 17 setores alcançados pela prorrogação são: confecção e vestuário, calçados, construção civil, call center, comunicação, empresas de construção e obras de infraestrutura, couro, fabricação de veículos e carroçarias, máquinas e equipamentos, proteína animal, têxtil, tecnologia da informação (TI), tecnologia de comunicação (TIC), projeto de circuitos integrados, transporte metroferroviário de passageiros, transporte rodoviário coletivo e transporte rodoviário de cargas.