Pelo terceiro ano consecutivo o Santos se despede do Paulista sem participar do mata-mata. No percurso ainda teve de lutar para se salvar de um vexatório rebaixamento. É o pior momento do clube alvinegro nos últimos 100 anos de vida. A derrota para o Ituano neste domingo, por 3 a 0, foi o ponto baixo de 2023 até aqui.
Odair Hellmann sofre com a pressão natural pelos resultados negativos, fruto do baixo desempenho neste início de temporada. Mas a decepção no Paulista vem de muito antes de sua chegada: a última vez que o clube participou do mata-mata foi em 2020. No modelo atual, o ano de 2021 foi o primeiro sem o Santos na fase eliminatória. O clube chegou a dominar o torneio recentemente, com cinco títulos e dois vices entre 2010 e 2016.
Mesmo quando viveu fases de crise, como na década de 90, o Alvinegro Praiano não embalou sequência de eliminações na primeira fase como essa, com regulamentos e sistemas de disputa distintos. A campanha atual foi de 3 vitórias, 5 empates e 4 derrotas. Idêntica à de 2022 e um pouco melhor do que a de 2021, quando teve 5 derrotas e 4 empates.
É preciso recuar 100 anos no tempo para encontrarmos um Santos tão frágil na história do Paulista. Ainda nos primeiros passos do futebol nacional, o Peixe teve em 1923 apenas duas vitórias em 10 partidas. Os anos anteriores já tinham sido de dificuldades – em 1920 o clube chegou a abandonar o torneio após seis derrotas em sete partidas.
As decepções no Paulista, ao menos, não tem refletido em campanhas sofridas no Brasileirão. Talvez o início ruim de temporada tenha servido de alerta para o clube encontrar o rumo antes da disputa nacional. O torcedor espera que a história se repita em 2023 e sonha com dias melhores, quando o clube brigava por títulos.
O Gol
