Mundo

OMS pede que Israel abandone ataque a Rafah “em nome da humanidade”

No sábado (16), o chefe da Organização Mundial da Saúde, Tedros Adhanom Ghebreyesus, pediu a Israel que abandonasse um ataque a Rafah, no sul da Faixa de Gaza, "em nome da humanidade".


Crianças palestinas esperam para receber alimentos preparados por uma cozinha beneficente em meio à escassez de suprimentos alimentares, enquanto o conflito entre Israel e o grupo islâmico palestino Hamas continua, em Rafah, no sul da Faixa de Gaza.
 © Mohammed Salem / Reuters

“Estou seriamente preocupado com os relatos de um plano israelense para lançar um ataque terrestre em Rafah. Uma nova escalada de violência nessa área densamente povoada levaria a ainda mais mortes e sofrimento”, escreveu Tedros Adhanom Ghebreyesus na rede social X.

“Em nome da humanidade, pedimos a Israel que não vá em frente e que, em vez disso, trabalhe pela paz”, acrescentou, dizendo que a evacuação planejada pelo exército israelense antes de um ataque não era uma solução prática.

“Os 1,2 milhão de pessoas em Rafah não têm nenhum lugar seguro para ir, não há instalações de saúde totalmente funcionais e seguras que eles possam acessar em outros lugares de Gaza”, publicou ele.

“Muitas pessoas estão frágeis, famintas e doentes demais para serem deslocadas novamente”, insistiu o chefe da OMS.

Netanyahu aprova plano de ofensiva a Rafah

Israel anunciou na sexta-feira (15) que o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu havia aprovado os “planos de ação” do exército para uma ofensiva em Rafah, um trecho do território na fronteira fechada com o Egito, onde muitos civis se refugiaram depois de serem expulsos pela ofensiva israelense no norte e depois no centro e no sul da Faixa de Gaza.

Essa operação, contra a qual os Estados Unidos e a ONU têm alertado repetidamente, pode ocorrer na ausência de um acordo de trégua ou após uma possível pausa de seis semanas nos combates.

Netanyahu prometeu continuar a guerra, desencadeada após o ataque sem precedentes do Hamas em 7 de outubro, até que o movimento islâmico seja eliminado.

O ataque matou pelo menos 1.160 pessoas em Israel, a maioria delas civis, de acordo com uma contagem da AFP baseada em fontes oficiais israelenses.

Em retaliação, Israel lançou uma operação militar que já matou mais de 31 mil pessoas na Faixa de Gaza, a maioria civis, de acordo com o Ministério da Saúde do Hamas.

(Com informações da AFP)

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo