Política

Haddad cobra corte de 0,5% na taxa de juros e diz que BC está ‘monolítico’

Expectativa no mercado é de um corte de 0,25% na próxima reunião do Copom, em agosto

Ministro da Fazenda voltou a engrossar o coro pela redução dos juros, cobrando uma queda de 13,75% para 13,25% na próxima reunião do Copom, em agosto — Foto: Reprodução / YouTube

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que há um “espaço considerável” para cortes na taxa básica de juros, que está fixada em 13,75% desde agosto do ano passado pelo Banco Central (BC).

O governo Luiz Inácio Lula da Silva e agentes do mercado financeiro esperam que o índice comece a baixar a partir da próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em agosto. Porém, a expectativa inicial é de uma queda de 0,25%.

“Se cair de 13,75 para 13,25, o que isso vai significar em termos de atividade econômica? É uma sinalização apenas, mas na prática é muito pouco. Mas enfim, penso que o ciclo de cortes vai começar e que o espaço que existe é bastante considerável”, disse, em entrevista ao jornalista Luís Nassif.

“Um corte de 0,5 ponto percentual na Selic vai ter impacto de mais curto prazo no investimento do que no consumo. Mas ela tem impacto na economia. E começa um ciclo que reposiciona os agentes econômicos”, completou.

Haddad também fez críticas à atual composição do Copom, formado pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e pelos diretores do órgão. Neste mês, o presidente Lula conseguiu emplacar suas duas primeiras indicações no colegiado, com Gabriel Galípolo e Ailton de Aquino.

“O Copom está muito monolítico, pouco plural, e talvez nem sempre levando em consideração o conjunto de variáveis da economia, embora o Banco Central tenha muita informação. É um órgão muito preparado do ponto de vista técnico”, afirmou Haddad.

Roberto Campos Neto tem sido alvo de fortes críticas de Lula e de outros membros do governo. Nos últimos meses, quadros da ala moderada da Esplanada, como a ministra do Planejamento, Simone Tebet, também passaram a endossar o coro pela redução da taxa de juros.

O Tempo 

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