Economia

Para 75% dos brasileiros, mulheres têm menos oportunidades no mercado de trabalho

Resultado está em levantamento do Instituto Locomotiva e QuestionPro. Análise também aponta que situações de etarismo afetam mais mulheres do que homens

Para 75% dos brasileiros, mulheres têm menos oportunidades no mercado de trabalho do que os homens. O resultado faz parte de pesquisa inédita realizada pelo Instituto Locomotiva e QuestionPro, pelo Dia do Trabalhador, celebrado neste 1º de Maio.

A análise feita pelos institutos também aponta que o problema se torna mais grave quando as mulheres têm filhos.

Em outra frente, a situação também é pior para elas em casos ligados ao etarismo: 88% dos consultados avaliam que mulheres lidam com mais desafios para inserção no mercado de trabalho. Enquanto 87% avaliam que, de forma geral, pessoas mais velhas têm menos oportunidades.

O levantamento também aponta que práticas de discriminação continuam presentes no meio profissional, mesmo com as proibições da legislação trabalhista. Mulheres (40%), negros (40%) e pessoas não héteros (43%) são os que mais declaram terem sofrido situações de preconceito, discriminação ou assédio, se comparado aos homens (33%), pessoas brancas (33%) e héteros (35%).

“A pesquisa mostra que os grupos minorizados ainda vivem situação de preconceito e uma série de dificuldades causadas pelo seu gênero, condição física, idade ou orientação sexual. Tanto que quatro em cada 10 brasileiros afirmam já terem passado por situações de preconceito, discriminação ou assédio no trabalho, sendo que a maioria não relatou aos superiores ou RH. Por isso é fundamental implementar treinamentos e medidas internas que orientem as equipes e lideranças a lidarem com este cenário”, diz Renato Meirelles, presidente do Instituto Locomotiva.

Em relação à maternidade e paternidade, a pesquisa mostra que nove em cada 10 brasileiros reconhecem que homens e mulheres são igualmente responsáveis pela criação dos filhos, e 67% concordam que o tempo de licença parental deveria ser o mesmo para os gêneros.

Para Rachel Rua, diretora da iO Diversidade, as empresas devem refletir e adotar políticas que garantam um ambiente saudável para todos os funcionários. “É preciso oferecer capacitação para todos os colaboradores e desenvolver políticas que acolham os grupos minorizados. Sem isso, dificilmente um ambiente de trabalho será respeitoso e equânime”, afirma.

A pesquisa ouviu 1.500 pessoas, entre os dias 15 e 22 de abril, em todo o país.

SBT News

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