Policial

Paraibano esquartejado em Maragogi tinha ido comprar drogas quando sumiu, dizem testemunhas

A polícia acredita que o local onde o corpo foi encontrado, em uma estrada do Povoado Barra Grande, em Maragogi, não foi o mesmo local em que ocorreu o assassinato do jovem.


Moag Nóberga tinha 17 anos e estava há menos de um mês em Alagoas. Ele escolheu Maragogi como destino por intermédio de um “agenciador”, um colega da Paraíba que costuma levar pessoas para trabalhar no ramo de comercialização de redes no litoral alagoano. (Foto: reprodução)

Em depoimento à polícia, testemunhas informaram que o jovem paraibano que foi assassinado e esquartejado em Maragogi, no mês de julho, tinha saído de casa para comprar drogas quando desapareceu. A informação foi confirmada ao g1 nesta terça-feira (1º) pelo delegado Antônio Nunes.

“Nós ouvimos os amigos dele, inclusive o que veio com ele [da Paraíba para Alagoas], e todos disseram em depoimento que eram usuários de drogas e ele [Moab] também. No dia do desaparecimento, segundo os amigos disseram, ele tinha ido até uma boca de fumo comprar drogas e desapareceu”, disse o delegado.

A polícia acredita que o local onde o corpo foi encontrado, em uma estrada do Povoado Barra Grande, em Maragogi, não foi o mesmo local em que ocorreu o assassinato do jovem.

“Encontramos o corpo na beira da pista, possivelmente foi retirado do local onde foi morto e jogado na pista perto da cerâmica. As investigações continuam”, afirmou Nunes.

Moag Nóberga tinha 17 anos e estava há menos de um mês em Alagoas. Ele escolheu Maragogi como destino por intermédio de um “agenciador”, um colega da Paraíba que costuma levar pessoas para trabalhar no ramo de comercialização de redes no litoral alagoano.

Ao g1, a tia de Moab contou que ele não queria mais ficar em Maragogi e que planejava voltar para a cidade de Patos, interior de Paraíba, onde morava, na mesma semana em que desapareceu.

Família rebate versão que paraibano usava drogas

Um dos familiares do adolescente, que preferiu não se identificar, conversou com o g1 nesta terça e afirmou que a versão que Moab usava drogas foi implantada pelo agenciador que trouxe o adolescente para trabalhar como ambulante em Maragogi.

“Moab não usava drogas, viveu esse tempo todo aqui conosco na Paraíba e nunca teve nenhum tipo de problema com a polícia. Aí ele vai para Alagoas, em menos de 15 dias é morto e esquartejado? Um crime bárbaro como esse! O que devemos questionar aqui é a fala desse agenciador, que levou ele para Maragogi, qual interesse ele tem em dizer tudo isso à polícia? Quem ele está tentando confundir?”, disse o familiar.

De acordo com os parentes, o agenciador também era paraibano e convenceu Moab a deixar tudo para trás e tentar uma nova vida no litoral de Alagoas. No entanto, com duas semanas longe de casa, o adolescente já sinalizava a vontade de retornar.

“Poucos dias antes de morrer ele escreveu dizendo que retornaria para casa na segunda-feira (17), pois não estava mais gostando de ficar lá [em Maragogi], só que aí no sábado (15) ele desaparece. Depois de um tempo o corpo dele aparece esquartejado jogado em uma estrada. Isso é um verdadeiro filme de terror, estamos sofrendo muito, só queremos que quem fez isso seja encontrado”.

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