Por múltiplas razões e interesses, a maioria conflituosa, a possibilidade de o MDB se incorporar à base do prefeito Bruno Cunha Lima está sendo convertida numa antecipação da formatação de coligações para o pleito municipal ainda distante de 2024.
As veladas restrições (e lamentações) do deputado Romero Rodrigues (Podemos/PSC) à aproximação de Bruno do senador Veneziano Vital saltaram para o ambiente midiático, que tem o condão de ampliar a cizânia e assanhar vaidades na melindrosa arena política.
Em contato recente com a imprensa, Romero disse que havia tomado conhecimento de críticas do ´V´ à sua pessoa, verbalizadas fora dos limites de Campina Grande.
A reação inicial do senador foi a de negar os ataques e desafiar o ex-prefeito a mostrar que críticas ele teria feito.
Nesta sexta-feira, Veneziano adubou a animosidade com o deputado ao indagar: “Será que Romero está se pronunciando porque eu disse que vou ajudar o prefeito Bruno para ele concluir o Hospital da Criança?”.
O ´V´ completou: “Dizer isto não é uma crítica provocativa. Não! O hospital não foi entregue. Ou foi?”
De forma visível – e precipitadamente – o ´caldo entornou´.
A rearrumação a ser feita na equipe do prefeito campinense sinalizará como está e como ele vai conduzir esta questão.
É oportuno ressaltar que o prefeito carece de um interlocutor privilegiado em Brasília junto ao governo federal; um figurino que – no momento – cabe perfeitamente no senador do MDB paraibano.
Mas igualmente Bruno precisa de Romero engajado, ano que vem, na sua disputa à reeleição.
Conciliar antagônicos sob o mesmo ´guarda-chuva´ político quase sempre implica em repassar fatias adicionais de espaços de poder.
Em Brasília, Lula está ´penando´ para aprender esta lição.
Os fatos levam o prefeito Bruno a mediar, com muita antecipação, vaidades e prioridades.
Foto: Paraíba Online
*com informações da coluna Aparte, assinada pelo jornalista Arimatéa Souza.
