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Delegado conclui inquérito, não indicia médico acusado de espancar mulher, mas garante que prints com ameaças serão investigados

O delegado acrescentou que foram investigadas as imagens de câmeras do momento em que a vítima fala ter sido perseguida pelo acusado de agressão.

Médico foi preso na quarta-feira após ser denunciado pela esposa

O delegado da Polícia Civil, Lucas Rostrand Lima, conclui, na noite dessa sexta-feira (29), o inquérito que apurava a acusação de agressão contra Algacy Fernando Vieira de Lorena e Sá. O médico é acusado de espancar e ameaçar a própria companheira, Danúbia Carla Rodrigues de Moura, que mora no município de Piancó. O delegado conversou com o ClickPB, neste sábado (30), e explicou que esta é apenas uma parte da investigação, que ainda não foi finalizada e irá continuar.

“A investigação continua, agora pelos prints que se tornaram conhecidos por meio da imprensa. Nós tivemos conhecimento desses prints pela mídia, a vítima não nos apresentou”, falou o delegado Lucas Rostrand.

“Você é uma vadia, quer trabalhar fazendo provador pra os machos, pensa que sou idiota. Pense que você vai, te mato antes. Já te avisei que você não trabalha, não estuda estando casada comigo. Quer que faça pior do que já fiz pra você aprender? Te dou 5 mil por mês pra você viver dedicada somente a mim, e assim vai continuar sendo. Deu pra entender?”, disse o médico em uma conversa com a esposa.

“Crime não vai ficar impune”

O delegado Lucas Rostrand fez questão de ressaltar que as investigações continuam para levantar as ameaças feitas por meio de mensagens de WhatsApp. “O crime não vai ficar impune. A palavra da vítima sempre vai valer. A rede de proteção não será afetada”, garantiu o delegado.

Delegado não indicia médico por agressão no dia 25

Lucas Rostrand explicou, também em conversa com o ClickPB, que o inquérito encerrado trata da denúncia de agressão no dia 25 de março. “Nós queríamos saber se nesse dia, por volta das 2h30 e 5h10, se ele saiu do hospital. Umas pessoas falavam que não o viram no hospital e outras, que sim. Fomos ouvir e descobrimos que uma parte dos funcionários faze parte do bloco cirúrgico, onde o médico atua. Essas o viram no hospital nesse horário. Os que não viram, porque eram da direção geral e não estavam no bloco”, relatou.

O delegado acrescentou que foram investigadas as imagens de câmeras do momento em que a vítima fala ter sido perseguida pelo acusado de agressão. As gravações, segundo ele, mostram o carro de Danúbia passando no local, mas não mostram o veículo do médico, como ela denunciou. “Não houve perseguição na rodovia. O carro dela passa, mas não tinha outro carro fazendo perseguição”, ressaltou.

De acordo com o delegado, a falta de provas sobre as acusações referentes ao dia 25 de março levaram a conclusão do inquérito sem indiciamento do médico Algacy Fernando. O acusado continua preso, aguardando que os advogados peçam a revogação da prisão à Justiça.

Médico fugiu pelo necrotério

Algacy Fernando omitiu um detalhe importante na investigação, segundo informou o delegado Lucas Rostrand, ao ClickPB. No momento em que a vítima foi avistada chegando com a Polícia Militar no hospital onde ele atua, o acusado fugiu do local pelo necrotério. “Ele havia omitido esse detalhe e nós perguntamos o porquê. Ele disse que ficou com medo”.

ClickPB

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