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Exército de Israel diz ter matado comandante do Hamas envolvido no ataque de 7 de outubro

Milicianos detidos após os ataques confessaram que o braço armado do grupo islamita havia prometido uma recompensa de US$ 10 mil e um apartamento por cada refém que levassem para a Faixa de Gaza

Jaafar ASHTIYEH / AFP
Forças de segurança israelenses tomam posição em meio a confrontos com manifestantes palestinos após uma manifestação contra a expropriação de terras palestinas por Israel na vila de Qaryut, ao sul da cidade de Nablus

O exército israelense anunciou, nesta terça-feira, 24, que matou três comandantes do grupo islâmico palestino Hamas nas últimas horas, incluindo um identificado como Abed Alrahman, que, segundo as autoridades, esteve diretamente envolvido nos ataques terroristas de 7 de setembro em Israel, nos quais morreram mais de 1.400 pessoas e cerca de 200 foram sequestradas. Em comunicado, o Exército declarou que se baseou em informações fornecidas pelo serviço de inteligência interior de Israel, Shin Bet, para levar a cabo a operação que matou os três comandantes do Hamas. A polícia e os serviços secretos do Shin Bet afirmaram que os milicianos do Hamas detidos após o massacre de 7 de outubro confessaram que o braço armado do grupo islamita havia prometido uma recompensa de US$ 10 mil e um apartamento por cada refém que levassem para a Faixa de Gaza.

“Quem sequestrar um refém e levá-lo para Gaza recebe US$ 10 mil e um apartamento”, disse um dos interrogados, enquanto outro afirmou que “as instruções eram para raptar mulheres idosas e crianças” e matar todos os homens, segundo um vídeo de parte dos interrogatórios policiais. De acordo com as forças de segurança, nas investigações realizadas até o momento, os milicianos levantaram uma série de questões: “As forças terroristas que atacaram postos avançados, cidades e povoados no sul de Israel receberam instruções claras e explícitas para matar e sequestrar civis, incluindo idosos, mulheres e crianças”.

“Os comandantes superiores da ala militar do Hamas (a partir do posto de comandante de companhia e superiores) ficaram para trás, protegendo-se em casas seguras e escondendo-se, enquanto enviavam o seu pessoal para combater, morrer ou ser preso em Israel”, acrescentaram as forças de segurança. De acordo com o comunicado, “todos os terroristas forneceram informações detalhadas sobre a manhã do ataque e o massacre no sul (de Israel) e também forneceram informações valiosas que foram e serão usadas para atacar alvos na Faixa de Gaza”.

Exército de Israel confirma a continuidade dos bombardeiros, com ataques a 400 alvos do grupo palestino Hamas nas últimas 24 horas, no 18º dia consecutivo de hostilidades na região. Até o momento são 7.191 mortos confirmados na guerra, sendo 1.400 em Israel e 5.791 em Gaza. O número de mortos inclui 2.360 crianças e os bombardeios também deixaram 16.297 pessoas feridas, conforme informou o Ministério da Saúde do enclave palestino.

*Com informações da EFE

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