Hervázio Bezerra avalia como anormal “fritura” do secretário de Educação pelo Republicanos na Assembleia
Hervázio Bezerra afirmou que não pode falar em nome de João Azevêdo e disse que a prerrogativa de nomear e demitir é do governador.
Hervázio Bezerra considera anormal o Republicanos pedir afastamento do secretário de Educação.
“A anormalidade que vejo é o desejo do Republicanos, que foi quem indicou o secretário, anunciar publicamente que vai pedir seu afastamento”. A afirmação foi feita pelo deputado estadual Hervázio Bezerra, nesta quarta-feira (17), no programa Arapuan Verdade, sobre a possibilidade de exoneração do secretário de Educação da Paraíba, Roberto Souza, como acompanhou o ClickPB.
Ele destacou que chega a até a estranhar a convocação de um secretário para ir à Assembleia e acrescentou que, em tempos passados, era a coisa mais comum e normal do mundo. Para o deputado Hervázio Bezerra, é importante que secretários compareçam para prestar esclarecimentos.” Não em função de uma mágoa ou capricho. Não é cabível de modo algum. Sou do tempo em que vários secretários compareciam à Assembleia”, observou.
“A anormalidade que vejo é o desejo do Republicanos, que foi quem indicou o secretário, anunciar publicamente que vai pedir seu afastamento. Pelo que li, o secretário, me parece que pediu licença e não sei se ele, de licença, é obrigado a atender essa convocação”.
Em outro momento, o deputado ressaltou: “Não sei se o pano de fundo é essa demora do governador em exonerar o secretário, já que nem paraibano ele é. Toda a Paraíba sabe que a nomeação do secretário teve o crivo, o apoio e a indicação do Republicanos, referendadas por Hugo Motta e o presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba, Adriano Galdino.
Hervázio Bezerra disse que ainda não sabe se a informação da licença procede. “Eu acho que, talvez, esse destaque que a imprensa vem dando é em função do desentendimento entre a bancada do Republicanos, leia-se Hugo Motta e Adriano Galdino, com o secretário que, como todos nós sabemos, foi indicação deles. Esta é a grande questão”, pontuou.
Para o parlamentar, a convocação, em tese, é um ato de força. “O convite pode adiar, abdicar. A convocação, não. Mas, nós sabemos que o pano de fundo, eu quero crer, muito embora não tenha sido um requerimento da lavra do presidente Adriano, me parece que é um requerimento do deputado George Morais, mas que houve aprovação de todos. Estava no comando o líder Chico Mendes, que também aprovou”.
“Nós votamos muitas vezes. Muitos requerimentos são apresentados, 50, 60, 80, e cumpri esse papel hoje. De repente, a gente lê quais são os requerimentos e a liderança do governo e da oposição se pronunciam. Eu quero crer que houve a pronúncia positiva de Chico Mendes de votarmos em bloco todos os requerimentos. No bojo desses requerimentos, foi exatamente esse da convocação do secretário. Se ele estiver de licença, iria talvez quem o está substituindo. Vou checar essa informação”, disse.
Decisão é do governador
A respeito de uma possível saída do secretário, Hervázio Bezerra afirmou que esta é uma decisão do governador. “Eu não posso falar em nome do governador qual a leitura que ele faz de tudo isso. A prerrogativa de nomear e demitir é do governador. O Republicanos elegeu oito deputados estaduais e nós, seis”.
Conforme Hervázio Bezerra, o deputado Adriano Galdino deu entrevistas extremamente fortes, típicas da sua personalidade e do seu caráter. “Não podemos esquecer que ele tem sido um instrumento importante da governabilidade da Assembleia. Eu tenho a responsabilidade de dar esse testemunho a respeito de Adriano”.
ClickPB
