Censo 2022: Veja os sete estados que têm mais população idosa do que média brasileira
Brasília (DF) – Lar dos velhinhos – Dia Mundial de Conscientização da Violência Contra a Pessoa Idosa. Foto Rafa Neddermeyer/Agência Brasil (Rafa Neddermeyer/Agência Brasil)
O Brasil tem sete estados com mais população idosa que a média brasileira, segundo dados do Censo Demográfico 2022, divulgados nesta sexta-feira, 27, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A pesquisa aponta que o envelhecimento da população brasileira não ocorreu de forma homogênea, o que gera distorções entre regiões e estados brasileiros. Enquanto o Norte é o mais novo do país, o Sudeste e o Sul são as regiões mais velhas. Os estados com população idosa acima do percentual nacional são:
- Rio Grande do Sul – 14,1%
- Rio de Janeiro – 13,1%
- Minas Gerais – 12,4%
- São Paulo – 11,9%
- Paraná – 11,3%
- Espírito Santo – 11,2%
- Paraíba – 11%
A pesquisa evidenciou o envelhecimento da população do país: o grupo agora representa 10,9% do total de habitantes. Em 1980, o Brasil tinha 4,0% da população com 65 anos ou mais de idade. Em 2022, esse grupo etário têm o maior percentual desde 1872, ano de realização do primeiro Censo Demográfico brasileiro. Já a população de até 14 anos de idade, que era de 38,2% em 1980, passou a 19,8% em 2022.
Por que a população idosa cresceu no Brasil?
O aumento de idosos e diminuição de crianças são parte da transição demográfica iniciada na década de 1940, quando ocorreu alteração dos altos níveis de mortalidade e fecundidade, para baixos níveis de ambas as componentes demográficas.
As melhores condições sanitárias e avanços na área de saúde diminuíram a mortalidade da população, ao mesmo tempo que a maior urbanização, maior inserção da mulher no mercado de trabalho e avanços no planejamento reprodutivo com uma maior utilização de métodos contraceptivos diminuíram a taxa de nascimento.
“A partir do Censo Demográfico 1991, os nascimentos diminuem de forma constante, alterando o formato clássico da pirâmide etária de um país jovem, para uma pirâmide com o seu meio e topo relativamente mais inchados”, justifica a pesquisa.
Exame.com